Autor de estupro a mulher que caminhava no Parque Atlântico disse que sentiu “impulso de cometer o ato” quando avistou a vítima

Autor de estupro a mulher que caminhava no Parque Atlântico disse que sentiu “impulso de cometer o ato” quando avistou a vítima

O suspeito de ter estuprado uma mulher no último sábado (18) em São Luís, no Parque Atlântico, foi preso pela Polícia Civil do Maranhão, no fim da noite dessa segunda-feira (20), na Vila Dom Luís, na região do Itaqui-Bacanga. Ele tem 36 anos e atua como servente de pedreiro.

O crime, cometido em uma área de matagal da Rua Leme, paralela à Avenida Copacabana, foi registrado por câmeras de segurança da região. A vítima fez o reconhecimento do homem, que também confessou o estupro durante depoimento no Plantão Central da Delegacia da Mulher, localizado, no Jaracati.

Em entrevista coletiva, nesta terça-feira (21), o secretário da Segurança Pública, Maurício Martins, atribuiu a prisão ao trabalho integrado das forças de segurança. “Nós não toleramos nenhum tipo de crime, especialmente os crimes contra as mulheres. Por isso, a partir do momento em que tomamos conhecimento do fato, nós, de forma integrada – Polícia Civil, Polícia Militar, Inteligência e Perícia – passamos a trabalhar, a investigar no sentido de identificar, localizar e prender o criminoso”, pontuou.

Inicialmente, as forças de segurança solicitaram imagens de câmeras de videomonitoramento de imóveis próximos ao local do crime, com o intuito de identificar o possível autor. Desde a data dos fatos, a investigação prosseguiu de maneira ininterrupta, com diligências para localizar e capturar o suspeito.

Após obter uma fotografia nítida de uma das câmeras, as equipes conseguiram identificar e qualificar o suspeito. A partir disso, diversas diligências foram realizadas até que, na Vila Dom Luís, na Rua da Mangueira, o investigado foi encontrado por uma equipe da Seccional Norte de Polícia Civil na casa de sua irmã. O homem não reagiu à abordagem, confessou o crime e afirmou que nunca havia cometido algo semelhante.

A afirmação feita pelo homem de que não cometeu o crime antes, no entanto, está sendo sendo verificada e ficará provada ou não no decorrer da investigação. Para isso, material genético coletado no exame realizado na vítima está sendo analisado e será cruzado o DNA com informações de um banco nacional que armazena informações de crimes sexuais.

Além do cruzamento de dados, com a ampla divulgação do perfil e prisão do suspeito, é possível que outras vítimas de crimes sexuais o reconheçam como sendo autor das agressões sofridas e procurem a polícia para denunciá-lo.

O delegado-geral da Polícia Civil, Manoel Almeida Neto, disse que a prisão do suspeito foi efetuada após árduo trabalho de análise de elementos colhidos pelas equipes. Inclusive, um retrato falado foi feito, avaliado pela vítima e considerado para a identificação do homem.

“Vários elementos foram coletados e analisados. A prisão foi resultado de todo esse processo que se iniciou no momento em que o fato foi registrado. O suspeito foi autuado ainda em flagrante porque ele estava sendo perseguido desde que o ato foi praticado”, declarou.

Ainda de acordo com o delegado-geral, além de efetuar a prisão, os policiais apreenderam a vestimenta que o suspeito utilizava no dia do crime, como mostraram as imagens das câmeras de segurança amplamente divulgadas: um bermuda jeans e uma camisa azul claro, assim como um relógio de cor branca.

Durante seu depoimento, o homem alegou que no momento do crime estava sob efeito de álcool, sem o uso de outras substâncias entorpecentes. Ele afirmou que, naquele dia, estava apenas esperando a chuva cessar para ir à praia, mas, ao avistar a vítima, sentiu um impulso de cometer o ato.

O suspeito disse que se aproximou da mulher e a ameaçou, dizendo que, caso ela corresse, a mataria. No entanto, ele afirmou que não estava armado e usou a ameaça apenas para amedrontá-la.

O investigado disse que, após a vítima concordar em obedecer a suas ordens, a arrastou até um matagal.

Ele confirmou que praticou o estupro. Após o crime, ele fugiu do local, com medo de represálias, e seguiu para o Terminal da Praia Grande, região central da cidade, onde pegou um ônibus para o seu destino. O investigado foi preso sem resistência e levado ao Plantão da Delegacia da Mulher e autuado. Além da confissão, a vítima foi chamada para fazer o reconhecimento.

Após a atuação e demais procedimentos legais, o homem foi levado para a Central Integrada de Inquéritos e Custódia da Comarca da Grande Ilha, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Cuidados com a vítima

A delegada Kazumi Tanaka, coordenadora das Delegacias da Mulher no Maranhão, explicou que a vítima está recebendo todo o auxílio necessário. “Antes mesmo de ser levada para a delegacia para registrar a ocorrência, a vítima foi encaminhada para atendimento de saúde, a fim de que ela recebesse profilaxia relativa a vítimas de violência sexual. Somente após isso ela foi até o plantão, onde foi recebida e ouvida diretamente pela delegada plantonista”, frisou.

“Após a oitiva, ela foi encaminhada para tenha também a possibilidade fazer acompanhamento psicológico, uma vez que na estrutura da Casa da Mulher Brasileira nós temos o atendimento psicossocial, que possibilita que as mulheres em situação de violência tenham esse acompanhamento até que elas consigam superar e se libertar desses traumas que passou”, acrescentou a delegada Kazumi Tanaka.

“A colaboração da vítima, por meio da denúncia da violação sofrida, é essencial não apenas para garantir que o infrator seja responsabilizado pelo crime, mas, principalmente, para prevenir que ele volte a cometer tais atos”, finalizou a coordenadora das Delegacias da Mulher no Maranhão.

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Andrezza Cerveira

Editora responsável. Profissional da comunicação com quase 20 anos de atuação no mercado maranhense. Atualmente apresenta o programa Diário Mais, na Rádio Mais FM 99.9, de segunda a sexta-feira, de 06h às 08h. Também possui no currículo experiências na extinta Rádio NOVA FM 93.1, TV Difusora, Portal Difusora On, Coordenadoria Municipal da Mulher de São Luís, Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Luís, além de campanhas políticas e assessoria de imprensa para organizações privadas. Ao longo da carreira, exerceu praticamente todas as funções do jornalismo: reportagem, produção, produção executiva, chefia de edição, chefia de reportagem, apresentação e coordenação de jornalismo.
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