Carlos Brandão se despede do PSB e subestima adversários

O governador Carlos Brandão falou publicamente pela primeira vez, em um jantar realizado na noite desta quarta-feira (13), na capital maranhense, sobre a perda do comando do Partido Socialista do Brasil (PSB) que agora está sob domínio do grupo aliado ao ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
“Alguns ciclos se encerram para outros começarem. Mas o que permanece é a unidade e parceria de um grupo político que trabalha para implementar ações que realmente mudam a vida das pessoas”, disse Carlos Brandão ao lembrar também a própria trajetória política.
“Eu nunca perdi uma eleição. Fui candidato duas vezes a deputado federal, todas as duas vezes fui entre os mais votados no Maranhão. Depois fui candidato duas vezes a vice-governador também, fui eleito duas vezes. Depois candidato a governador, fui eleito”, disse.
O discurso foi feito diante de apoiadores que pretendem também deixar o PSB tão logo a janela partidária for aberta, sem prejuízo aos filiados que possuem cargo político.
“Vamos superar movimentações partidárias que não colaboram com a harmonia”, acrescentou ao reforçar a promessa que também fez esta semana ao presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, em Brasília.
Carlos Brandão que já declarou a intenção de permanecer no cargo até o fim do mandato, está em pré-campanha para beneficiar o sobrinho e secretário de assuntos municipalistas, Orleans Brandão.
Diferente do governador, o filho do presidente do MDB no Maranhão, Marcus Brandão, nunca participou de eleição como candidato e pode enfrentar a primeira disputa ao lado de adversários, como: Eduardo Braide, reeleito com 70% dos votos para comandar a Prefeitura de São Luís, que embora não tenha confirmado entrada na disputa, tem tido o nome reforçado por aliados de primeira linha; Felipe Camarão, atual vice-governador do Estado e único no cargo pelo Partido dos Trabalhadores em todo o país, apoiado por Flávio Dino e remanescentes do grupo dinista; e Lahesio Bonfim que já concorreu ao cargo de governador e ficou em terceiro lugar nas intenções de voto.