“Isso não pode ser naturalizado”, diz UNICEF sobre assassinato de jovem em São Luís
O Fundo das Nações Unidas para a Infância reagiu sobre o assassinato do jovem de 19 anos, após disparos de armas de fogo que deixaram, também, outras cinco pessoas feridas, na Cidade Operária, em São Luís.
”Isso não pode ser naturalizado. Crianças, adolescentes e jovens precisam ser protegidos da violência”, exigiu o UNICEF Brasil, no final da manhã desta quinta-feira (23).
O Brasil ostenta a assustadora média de 13 mortes de forma violenta de meninas e meninos por dia de acordo com dados de 2022 a 2024 do ‘Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil’, do UNICEF e do @forumseguranca. Somente em outubro, estatísticas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da Polícia Civil do Maranhão registraram 6 casos de assassinatos de pessoas de 17 a 24 anos, somente na macrorregião da Cidade Operária.
De acordo com o órgão que desenvolve trabalho por meio de sete escritórios regionais e mais de 150 escritórios espalhados pelo mundo, a macrorregião da Cidade Operária, em São Luís, tem sido priorizada nos últimos anos com ações de empoderamento de meninas, enfrentamento à violência, promoção da dignidade menstrual, formação de lideranças, programas e políticas antirracistas, redução da evasão escolar e estímulo à criação de oportunidades para inclusão socioprodutiva de adolescentes e jovens no mercado de trabalho, mas ainda precisa de atenção para o total cumprimento do que é determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida de meninas e meninos”, lembrou o UNICEF BRASIL, ao mesmo tempo que manifestou solidariedade à comunidade local e aos representantes da sociedade civil que trabalham pelos direitos de crianças e adolescentes na Cidade Operária.
O UNICEF também reforçou o pedido às autoridades públicas locais para celeridade e eficiência na investigação deste e de todos os casos de violência contra adolescentes e jovens, para responsabilizar os criminosos e proteger outros meninos e meninas de ficarem expostos a situações semelhantes.
