Polícia Civil deflagra operação para desarticular esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico de drogas
A Policia Civil do Maranhão, por meio do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), uma operação para combater o crime de lavagem de dinheiro decorrente do tráfico de drogas. Até o momento, ninguém foi preso. Equipes seguem em diligência.
A ação tem por objetivo o cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão em São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Imperatriz e Açailândia. Os alvos, de acordo com as investigações, compunham um núcleo responsável pela lavagem de dinheiro de uma organização criminosa, ou seja, era encarregados de ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos provenientes da comercialização de entorpecentes.
Entre os alvos, indivíduos com anotações criminais anteriores. “Alguns alvos já tem passagem pela polícia, pelo sistema prisional, pelo crime de tráfico de drogas e organização criminosa”, destacou o delegado Plínio Napoleão, do DCCO/Seic, que conduziu a operação desta quinta.
Além dos mandados de busca e apreensão, que levaram à apreensão de celulares, documentos com anotações de movimentações bancárias e dispositivos de informática (mídia externa, por exemplo), a operação também resultou no bloqueio de contas bancárias e na expedição do sequestro de valores que somam R$ 6,8 milhões, além da ordem de apreensão de veículos utilizados pelos investigados.
“Com as buscas foi possível identificar a possibilidade de ampliar as investigações para outras cidades, outros estados”, ressaltou o delegado Plínio Napoleão.
A ofensiva representa um desdobramento de uma investigação anterior, que já havia identificado a atuação de uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas.
Os policiais apuram os métodos utilizados pelos criminosos para integrar os valores ilícitos ao sistema financeiro formal, incluindo o uso de empresas de fachada e movimentações bancárias atípicas.
A operação contou com equipes do Grupo de Resposta Tática (GRT) da Polícia Civil, do Departamento de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Superintendência de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), e das delegacias regionais de Imperatriz e Açailândia.
Os itens apreendidos até o momento serão periciados e as informações coletadas servirão para a continuidade das investigações, que visam, agora, identificar outros possíveis envolvidos no esquema.