Endividamento das famílias ludovicenses cai pelo terceiro mês consecutivo

Endividamento das famílias ludovicenses cai pelo terceiro mês consecutivo

O nível de endividamento das famílias de São Luís registrou queda pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 72,1% em janeiro de 2025. No comparativo anual, a redução foi de 0,8%, o que representa que cerca de mil famílias saíram da condição de endividadas no último ano. Na comparação mensal, a queda foi de 0,5%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O estudo aponta que essa redução ocorre após o pico de endividamento registrado em outubro de 2024, quando o índice atingiu 74,5%. Esse movimento demonstra um comportamento mais cauteloso das famílias na tomada de crédito, resultado de uma maior preocupação das famílias com suas finanças.

Além do endividamento, o estudo acompanha outros dois indicadores essenciais, o percentual de famílias com contas em atraso e a proporção de consumidores que não conseguirão quitar suas dívidas. O percentual de inadimplentes recuou para 31,7%, registrando queda de 2,2% tanto na comparação mensal quanto na anual. Já a proporção de consumidores sem condições de pagar seus débitos caiu 5,5% nos últimos12 meses, acompanhando a redução da tomada de crédito nos últimos 3 meses.

No entanto, no comparativo mensal houve um aumento de 1,4% na proporção de famílias que não conseguirão quitar suas dívidas, possivelmente impactado pelo encarecimento do crédito após a elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano. Com taxas de juros mais altas, modalidades como cartão de crédito e crédito pessoal ficaram ainda mais onerosas, dificultando a quitação das dívidas para algumas famílias.

A composição do endividamento segue liderada pelo cartão de crédito, presente em 72,6% das famílias endividadas em São Luís, sendo ainda mais utilizado entre as famílias de menor renda (74,9%). Já entre aquelas com renda superior a 10 salários mínimos, observa-se um maior uso de financiamentos para aquisição de bens duráveis, como veículos (48,1%) e imóveis (28,8%).

O presidente da Fecomércio-MA, Maurício Feijó, destaca a importância desses dados para o setor. “A redução da inadimplência é um sinal positivo, mas a dependência do crédito caro ainda preocupa. Com juros elevados, muitas famílias continuam comprometendo boa parte da renda para pagar dívidas, o que pode limitar o consumo e impactar o comércio no curto prazo”, avalia o presidente Maurício Feijó.

O tempo médio de comprometimento da renda com dívidas permaneceu elevado, atingindo 6,3 meses, e o comprometimento médio da renda familiar com dívidas foi estimado em 30%. No geral, os dados da PEIC de janeiro de 2025 mostram queda no endividamento e na inadimplência, mas a dependência de crédito caro ainda preocupa, afetando principalmente famílias de menor renda e podendo limitar o consumo no curto prazo.

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Andrezza Cerveira

Editora responsável. Profissional da comunicação com quase 20 anos de atuação no mercado maranhense. Atualmente apresenta o programa Diário Mais, na Rádio Mais FM 99.9, de segunda a sexta-feira, de 06h às 08h. Também possui no currículo experiências na extinta Rádio NOVA FM 93.1, TV Difusora, Portal Difusora On, Coordenadoria Municipal da Mulher de São Luís, Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Luís, além de campanhas políticas e assessoria de imprensa para organizações privadas. Ao longo da carreira, exerceu praticamente todas as funções do jornalismo: reportagem, produção, produção executiva, chefia de edição, chefia de reportagem, apresentação e coordenação de jornalismo.
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