Mais da metade dos maranhenses estão acima do peso, alerta Ministério da Saúde
Os hábitos alimentares mudaram radicalmente e, ao longo dos últimos anos, em todo o mundo, isso mostrou resultados claros na balança. Tanto que a estimativa para 2035 é bem preocupante.
O Atlas Mundial da Obesidade de 2023, que acaba de ser divulgado, aponta que mais de 50% da população mundial estará com sobrepeso ou obesidade até lá. No Brasil, a estimativa chega para até 41% dos adultos mas, no Maranhão, o quadro já é grave. Isso porque mais da metade da população (58%) já está acima do peso. As informações constam no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde.
O sobrepeso afeta mais de 36% dos maranhenses, enquanto 15,6% atingiram a obesidade leve, 43% a obesidade severa e 1,46% o grau mórbido.
A doença
A obesidade é o acúmulo de gordura capaz de gerar alterações metabólicas que atrapalham, por exemplo, a regulação da glicose e da insulina. Isso pode ocasionar inflamações permanentes em órgãos do corpo e aumentar o risco de doenças crônicas, como pressão alta, diabetes, condições cardíacas e respiratórias e até alguns tipos de câncer.
Por isso, não dá para negligenciar com a saúde e deixar a decisão do tratamento para depois. A mudança do estilo de vida deve ser o primeiro passo.
O tratamento
Combater o sedentarismo, consumir alimentação adequada e afastar fatores de risco, como ansiedade e distúrbios de sono são necessários. Mas como mudar tudo isso se o problema já afeta o organismo? A falta de vitaminas exige um cuidado especial e individualizado. É o que recomenda a fisiologista do exercício, Vanessa Goltzman.
“O nosso corpo foi feito para se movimentar. Se você tem uma qualidade do sono ruim, e se você tem uma quantidade de horas de sono abaixo de 6 horas, esse fato já faz você ficar mais propenso a ganhar peso. Esse aumento de peso da população maranhense não se dá apenas pela alimentação. Se dá pelo estilo de vida ruim e pelas poucas horas de sono”, avalia a profissional.